Tudo sobre controle
Em 14 de junho, 56 carros largam nas quatro categorias de Le Mans. A
01 Categoria
A categoria superior entre as quatro de Le Mans se chama LMP1. As três letras significam “Le Mans Prototype”. O novo
02 Revolução
No regulamento técnico de Le Mans foi definido o que é permitido e o que não é permitido em cada categoria. Nas categorias GT, a questão central é: quais partes podem diferir dos veículos de série. Nos protótipos não baseados em veículos para circulação pública, já é complicado. Em 2014, as regras para a competição superior são quase revolucionárias: forçando uma redução no consumo, os responsáveis pelo regulamento da Fédération Internationale de l’Automobile (FIA) e do Automobile Club de l’Ouest (ACO) estão tornando os carros esporte mais rápidos do mundo aptos para os desafios do futuro. O regulamento promove redução da cilindrada (downsizing), hibridização inovadora e construção leve.
03 Liberdade
Como estímulo à pesquisa, os engenheiros foram “condenados” a liberdades ainda inéditas na categoria LMP1-H. A FIA e o ACO renunciaram à exigência de um único sistema híbrido. Também não existem impedimentos quanto à cilindrada e ao número de cilindros. Quer seja diesel ou gasolina, turbo ou não – a escolha é livre. Um ou dois sistemas de recuperação, acumulador, ultracapacitor ou roda volante do motor, tudo fica à sua livre escolha. Os engenheiros da Audi, Toyota e
04 Combustível
No projeto do motor de combustão, a
05 Peso de combate
Na categoria LMP1-H, o peso mínimo do carro estabelecido pelo regulamento é de 870 quilogramas. Neste caso, “mínimo” quer dizer para os engenheiros também “máximo”, uma vez que cada grama a mais significa uma perda de competitividade. Porém, os sistemas de recuperação de energia com motores elétricos e acumuladores ainda são muito pesados, mesmo que o desenvolvimento automobilístico tenha definido novos padrões tecnológicos. Assim, o veículo inteiro é puro design de baixo peso: monocoque de fibra de carbono, motor de alumínio, embreagem com estrutura de carbono e uma boa porção de detalhismo. Isso tudo, porém, sem privações na estabilidade, sem falar na segurança.
06 Boost
A maior classe de recuperação é a categoria de 8 megajoules. Para a volta em Le Mans, que tem 13,6 quilômetros, é autorizado o máximo de 8 MJ apenas para aqueles que possuem eficientes sistemas de recuperação. A conexão da energia armazenada é chamada de “Boost”. Como compensação para o “Boost”, o regulamento limita o combustível para os motores de combustão. À direita, o exemplo de cálculo para uma volta em Le Mans.
07 Megajoule
O objetivo da restrição de consumo na categoria LMP1-H é igualar os diversos motores em um nível competitivo. Não só a pesquisa dos carros, mas também a corrida deve ser emocionante, como por exemplo no caso de um carro com 6 MJ movido a gasolina concorrer com um de 2 MJ a diesel.
Recuperação | Gasolina | Diesel |
---|---|---|
2 megajoules | 5,04 l | 4,07 l |
4 megajoules | 4,88 l | 3,95 l |
6 megajoules | 4,72 l | 3,82 l |
8 megajoules | 4,64 l | 3,69 l |
Status: 14 de março de 2014 |
08 Chances
Dois fatores devem manter a equivalência entre carros movidos a gasolina e a diesel. Um deles se chama K Technology Factor, o outro, Fuel Technology Factor. O fator tecnológico deve compensar o fato de um carro com um motor a diesel mais pesado só tenha um sistema de recuperação relativamente menor e por isso sofra desvantagens com o boost. Por outro lado, o “fuel”, ou seja, o fator do combustível, deve compensar o fato de que um motor Otto é inferior a um motor diesel em termos de eficiência. Esses dois fatores foram multiplicados entre si, resultando diferentes limites máximos para quantidade de energia e de combustível para gasolina e diesel. Para que ambos tenham de abastecer aproximadamente com a mesma frequência, o regulamento fixou também os volumes respectivos dos tanques para cada projeto. O uso de veículos híbridos em Le Mans não é novo, mas em comparação, a tecnologia exigida atualmente faz todos os precedentes parecerem antiguidade. Para efeitos de comparação: em 2013 era permitido um boost máximo de 500 quilojoules (0,5 megajoules) entre as zonas de frenagem.
09 Monitoração
A monitoração dos níveis de consumo dos carros LMP1-H é feita eletronicamente. Limitadores de fluxo (Fuel Flow Meter) medem o fluxo de combustível, outros sensores detectam a energia dos acumuladores acionada por meio do botão boost. Uma black box grava os dados e a direção da corrida os recebe em tempo real. Quem consome energia demais, leva uma pena de stop and go. Para as equipes fica difícil compensá-lo: o ACO usa para o cálculo de consumo a média de três voltas.
10 Competência empresarial
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