Minha obra-prima
Jorge Carnicero já deixou um grande amor partir – e lamentou isso profundamente. Os especialistas da
Quando o criador de cavalos Jorge Carnicero conta como tudo começou, e como encontrou seu “primeiro grande amor” em 1971, seu rosto se ilumina. Um brilho que desaparece abruptamente. “Então incorri no maior erro de minha vida.” A dor da incrível insensatez de ter comprado aquele
“O carro conquistou meu coração.” Jorge Carnicero
Foi um adesivo no vidro lateral traseiro que o atraiu de modo irresistível naquela época. A inscrição em alemão que dizia: “
E trata-se de um
Para Carnicero, esse detalhe quase imperceptível é o cerne de seu entusiasmo pela personalização do carro dos seus sonhos. “As pessoas dizem com frequência: ‘é só um carro.’ E eu penso comigo mesmo: ‘vocês não entenderam nada.’ Somente quando você descobre a história por trás da obra de arte é que todo o seu potencial se revela”, afirma Carnicero, que é formado em Artes Plásticas na Universidade de Georgetown. “Quanto mais você entende uma obra de arte, maior se torna a paixão por ela. É exatamente isso que a
“Amo o trabalho feito à mão.” Jorge Carnicero
A ocupação com o design e a arte da engenharia, que sempre está presente nas várias conversas com os funcionários da Manufaktur, faz com que hoje Carnicero compreenda muito melhor seus carros. O carro esportivo torna-se parte de uma história, muito mais que um belo objeto. Seu pai, um engenheiro aeronáutico, o ensinou a questionar o design e a tecnologia das coisas para aprender a apreciar o seu verdadeiro valor. “Hoje em dia, com toda a produção em massa, esta perspectiva frequentemente desaparece”, constata Jorge Carnicero. “Não existe aquele vínculo emocional.” No processo de criação com a Manufaktur, ele a reencontrou: “Amo o trabalho feito à mão.”
A configuração de seu GT3 Touring foi para ele um processo com metas claras. Para as questões em torno da cor, até buscou conselho de um artista amigo, o pintor paisagista Tom Neel. A referência de Carnicero para o GT3 Touring foi o milionésimo exemplar do 911, produzido em 2017 na cor Irish Green. Ele queria se aproximar o máximo possível desse modelo, mas para tal teve que superar um pouco sua resistência. “Nunca gostei muito de verde”, confessa ele. “Minha cor preferida sempre foi o azul – mas você tem que estar aberto. Os especialistas da
Quando, no outono europeu, Carnicero viu pela primeira vez sua criação quase pronta na
Carnicero expôs seu novo GT3 por algum tempo na sede da
Texto Frieder Pfeiffer
Fotos Theo Barth
Porsche Exclusive Manufaktur
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