As proporções do Taycan são únicas
Michael Mauer, diretor do setor Style da
Senhor Mauer, a
Foi mesmo uma das tarefas mais emocionantes e árduas, exatamente por não haver nenhum exemplo a seguir. Entretanto, nós não começamos da estaca zero, pois uma coisa já estava certa: este novo modelo também deve permitir ser reconhecido à primeira vista como um
Em que sentido, como ela se distingue?
O
A partir de que fase o senhor gerenciou o desenvolvimento?
Desde o início. Este é o mais importante numa estratégia de design. Antigamente, quando chegávamos, o package geralmente já estava definido. Com isso, já havia sido tomada uma decisão fundamental para o design. A este respeito, eu sempre gosto de explicar nosso processo, que está organizado basicamente em três etapas: proporções, styling e detalhes. As proporções são elementares. Se elas não fecharem, não é possível salvar muita coisa posteriormente, por meio de styling ou detalhes.
Já estava definida desde o início a direção a ser tomada no desenvolvimento?
Tivemos muitas discussões, especialmente a respeito do package. Por um tempo, discutiu-se entrar com um SUV na eletromobilidade, mas, no fim, nós decidimos dar este passo tão importante para a
Qual é a sua posição?
Numa marca tão sólida quanto a
O senhor declarou que desejava primeiro definir com o
Sim, exato. Quanto à identidade do produto, conferimos em cada uma das séries uma característica própria – que
Provavelmente, facilita na hora de conceber o design o fato de não haver um motor de combustão amplo debaixo do capô?
Com isso, o
O senhor conseguiu aproveitar algo do
Naturalmente, aproveitamos as experiências com as diversas gerações do
Assim o senhor volta à controversa relação entre o identificável e a diferenciação. É preciso ser familiar e ter ao mesmo tempo uma aparência nova?
Quando você olha para a traseira do
Com o lançamento do
Já é sabido que viemos adaptando o brasão ao longo dos anos. Eu sou da ala dos adeptos da filosofia que prevê a atualização dos símbolos da marca: como, por exemplo, fizemos no caso da inscrição do modelo para o lançamento da nova geração do 911. A fonte agora está, como eu diria, algo mais agressiva. Iremos usá-la no
Por falar em tradição: como a digitalização está transformando o trabalho do design? O senhor acha que as ferramentas clássicas ainda são necessárias?
Deixe-me dizer da seguinte forma: o mais importante ainda é a criatividade e ela não vem de uma caneta digital ou de fresadoras inteligentes, mas das cabeças dos designers. Entretanto, nós nos tornamos muito mais rápidos, porque podemos trabalhar paralelamente no mundo real e no mundo virtual. Hoje podemos criar modelos de dados a partir de esboços e convertê-los imediatamente em gráficos 3D no computador ou no amplo painel de vídeo. Isso é estimulante e acelera os processos, mas ainda penso que não substitui o trabalho à mão de um modelo. Há coisas que não podem ser vistas num computador, somente na realidade mesmo. Às vezes é preciso “errar” numa superfície com fatores matemáticos, para que ela possa em seguida parecer ter uma aparência correta. É impossível explicá-lo, é pura questão de percepção. Por isso, trabalhamos como sempre com moldes de argila em uma escala de até 1:1, nos quais cada superfície e cada linha é moldada à mão.
É reconfortante saber que nem tudo pode ser moldado por fórmulas.
Isso é naturalmente também um fator de custo, mas acho que os veículos refletem o esmero a mais. Sinto que um dos maiores desafios é lembrar-me constantemente que não estou desenhando o carro para mim, mas para os clientes. Eles têm o direito de esperar um produto exclusivo que irradia a qualidade artesanal. As superfícies têm uma beleza ambígua, o convexo, o côncavo, tudo nele está interligado e acabado, o que também é prova desta qualidade. É isso que nossos clientes valorizam – certamente, também no futuro.
E esse futuro se torna agora, também na
Com certeza. Eu vim para a